Ele se ergue e mira do monstro o corpo sem vida
Assim como seu amigo, que está também perto da ida
Se ajoelha e abraça-o olhando de perto sua morte
Deixando o poeta sozinho à própria sorte
Já é hora de voltar à realidade de casa
Que agora, como anjo, voa com suas asas
Busca-o de volta ao mundo cínico nosso
Onde o amor vive em pleno e vicioso ócio
Agora que já sabe sua missão a fundo
Pode voltar aos verdugos imundos
E voltar ao seu lar frio com a vida expandida
Trazer o amor e ajudar a quem precisa de vida
Isso é o que ele deve fazer plenamente e a fundo
Para que ninguém que ele ame vá ao submundo
E caia para fora deste mundo!
O que é Poetrix?
O POETRIX é modalidade de poesia minimalista criada por Goulart Gomes, nascido em Salvador da Bahia, em 1º de maio de 1965. O autor obteve 65 prêmios em concursos de poesia, prosa e festivais de música e participou de 48 coletâneas publicadas no Brasil, Cuba, Espanha, USA, Itália, França e Coréia do Sul, possuindo trabalhos divulgados em diversos países. Atualmente é o Coordenador Geral do Movimento Internacional Poetrix. Como editor alternativo propiciou a publicação de 53 livros e coletâneas de novos autores.
terça-feira, 29 de março de 2011
Fora deste mundo 4
Ele caminha com seu amigo sem rosto
Que lhe apoia neste mundo tosco
Lá ele não tem que viver no abismo
Que alimenta a Terra de cinismo
Depois de muitas divagações sobre o ser
Encontra o dragão que deve lutar para vencer
A luta é dura, o amigo sem rosto vem correndo
No final, todos estão agonizando e morrendo
Que lhe apoia neste mundo tosco
Lá ele não tem que viver no abismo
Que alimenta a Terra de cinismo
Depois de muitas divagações sobre o ser
Encontra o dragão que deve lutar para vencer
A luta é dura, o amigo sem rosto vem correndo
No final, todos estão agonizando e morrendo
Fora deste mundo 3
Ele vaga por muitos solitários anos
E finalmente encontra um amigo estranho
Ele não tem nome, nem tem face
Só sua alma é que se põe em enlace
Não importa quem ele é, ou o que faz
Ele ajuda o moribundo que quase jaz
O que morre agora não é seu corpo
Este já está frio e morto
O que agoniza é seu amor infinito
A sua grandeza já não é mais um mito
E finalmente encontra um amigo estranho
Ele não tem nome, nem tem face
Só sua alma é que se põe em enlace
Não importa quem ele é, ou o que faz
Ele ajuda o moribundo que quase jaz
O que morre agora não é seu corpo
Este já está frio e morto
O que agoniza é seu amor infinito
A sua grandeza já não é mais um mito
Fora deste mundo 2
Num mundo fora deste nosso
Ele acorda no chão de ossos
Onde todos morreram e ele está só
Não sobreviveram ao mortífero pó
Mas ele já morrera no mundo cão
Muitos foram, outros nunca serão
Levanta-se e vê o escuro sumir à sua frente
Ele tem certeza que viverá plenamente
Ele acorda no chão de ossos
Onde todos morreram e ele está só
Não sobreviveram ao mortífero pó
Mas ele já morrera no mundo cão
Muitos foram, outros nunca serão
Levanta-se e vê o escuro sumir à sua frente
Ele tem certeza que viverá plenamente
Fora deste mundo
Ele acorda de madrugada
Para expurgar angústia engasgada
Sozinho na fortaleza da solidão
Ele pondera ação por ação
Engole nervosamente o café
Sabendo que pouco a pouco perde a fé
Não a fé em Deus mas a fé no amor
Que o engana causando extranha dor
A angústia explode e ele cai no abismo
Aonde não há regras e não vigora o cinismo
Seu coração se afoga num mar profundo
Que o leva para fora deste mundo
Para expurgar angústia engasgada
Sozinho na fortaleza da solidão
Ele pondera ação por ação
Engole nervosamente o café
Sabendo que pouco a pouco perde a fé
Não a fé em Deus mas a fé no amor
Que o engana causando extranha dor
A angústia explode e ele cai no abismo
Aonde não há regras e não vigora o cinismo
Seu coração se afoga num mar profundo
Que o leva para fora deste mundo
quarta-feira, 23 de março de 2011
Forte me fez
Todo dia acordamos entre cobras
É o despertar entre os escombros
Provação é, firme, se esgueirar
Pelas sombras, pelas sobras e andar
Quando os outros poe-se a falar
Que teus sonhos não podem perdurar
O reverso da medalha forte me fez
E viver mais um dia de cada vez
A luta não é o quanto machucam a gente
É o quanto nos machucam e seguimos em frente
É o despertar entre os escombros
Provação é, firme, se esgueirar
Pelas sombras, pelas sobras e andar
Quando os outros poe-se a falar
Que teus sonhos não podem perdurar
O reverso da medalha forte me fez
E viver mais um dia de cada vez
A luta não é o quanto machucam a gente
É o quanto nos machucam e seguimos em frente
terça-feira, 22 de março de 2011
Olhos de Mel
Sinto a doce gota de mel
Quando miro teus olhos
Desce a garganta e me leva ao céu
Teu calor inflama minha calma
Quando sinto teu calor na alma
O teu olhar me acalma!
Teus olhos de mel me fazem voar
Chegar às nuvens e amar
E respirar teu perfume pelo ar
Te amo como o beija-flor ama a flor ao léu
Como o vadio ímpio ama o amargo fél
Como eu, que preciso dos teus olhos de mel
Quando miro teus olhos
Desce a garganta e me leva ao céu
Teu calor inflama minha calma
Quando sinto teu calor na alma
O teu olhar me acalma!
Teus olhos de mel me fazem voar
Chegar às nuvens e amar
E respirar teu perfume pelo ar
Te amo como o beija-flor ama a flor ao léu
Como o vadio ímpio ama o amargo fél
Como eu, que preciso dos teus olhos de mel
domingo, 20 de março de 2011
Guidance
I wander in the valley of death!
I am the prey of Seth!
I don´t worry in my dwells
Because in Lord I stay well!
It doesn't matter all this thick fog
I know that with me stands my God!
I am the prey of Seth!
I don´t worry in my dwells
Because in Lord I stay well!
It doesn't matter all this thick fog
I know that with me stands my God!
Love
Desolation, courage, and courage.
Where is the lively ship?
Love is a dead ship.
Never lead a shore.
Where is the lively ship?
Love is a dead ship.
Never lead a shore.
I Need
I need a love seed
I need to wear the wing
I need the joy of the swing
I Need the need of the need for speed
I Need the needles to pin all her love over my knees
I need the deeds of what she did in the sense of what i have seen
I need the tweed of your love coming intertwining me a like the weed
I need I need I need I need I need I need I need I need I need I need I need
I need to wear the wing
I need the joy of the swing
I Need the need of the need for speed
I Need the needles to pin all her love over my knees
I need the deeds of what she did in the sense of what i have seen
I need the tweed of your love coming intertwining me a like the weed
I need I need I need I need I need I need I need I need I need I need I need
Instinto Protetor
Me irriquieta a visão de vê-la sensível
Oh, isso aflinje a minha rijeza invisível
O mar sangra quando vejo ela chorar
A lua chora quando sua alma se prostra a sangrar
Me acalma a hora que nunca vem
a hora em que não mais terei de ver
Sua alma sangrar e só ter o que nos convém
Já vejo por todas suas armaduras de dor
E sinto como ela é frágil em seu furor
Não se perturbe, meu bem, meu amor
Voce já está no seio do meu instindo protetor
Oh, isso aflinje a minha rijeza invisível
O mar sangra quando vejo ela chorar
A lua chora quando sua alma se prostra a sangrar
Me acalma a hora que nunca vem
a hora em que não mais terei de ver
Sua alma sangrar e só ter o que nos convém
Já vejo por todas suas armaduras de dor
E sinto como ela é frágil em seu furor
Não se perturbe, meu bem, meu amor
Voce já está no seio do meu instindo protetor
sexta-feira, 18 de março de 2011
O beijo de Abacaxi
Abraço-a por trás e sinto calor intenso
Sinto do seu pescoço o gozo ardor
Que me arrasa a força de homem de senso
Tira-me do sério com todo esse amor
O balançar do seu cabelo é uma dança
Que me deixo levar a noite toda aqui
Quando ela finalmente me beija e cansa
Com sua boca gelada, com sabor de abacaxi
Sinto do seu pescoço o gozo ardor
Que me arrasa a força de homem de senso
Tira-me do sério com todo esse amor
O balançar do seu cabelo é uma dança
Que me deixo levar a noite toda aqui
Quando ela finalmente me beija e cansa
Com sua boca gelada, com sabor de abacaxi
O sol da tua boca
Vejo o crepúsculo da tarde cair
Respiro fundo e sinto seu amor fluir
Espero a alvorada da escura noite sair
Sinto sua pele com amor me cobrir
Cheiro seu perfume quando a noite vir
É agridoce minha musa, de sangue sinto-me tingir
Delicio-me no sol da tua boca quando meu senso aluir
Eu a como, a degusto e a engulo do jeito que ela vir
Respiro fundo e sinto seu amor fluir
Espero a alvorada da escura noite sair
Sinto sua pele com amor me cobrir
Cheiro seu perfume quando a noite vir
É agridoce minha musa, de sangue sinto-me tingir
Delicio-me no sol da tua boca quando meu senso aluir
Eu a como, a degusto e a engulo do jeito que ela vir
quinta-feira, 10 de março de 2011
Chama que se esvai
A chama do amor dela dança
Conforme o tom do vento
A escuruidão ela alcança
A chama vem diminuindo
Porque sei que outros ventos
Sopram e vão fluindo
Diminuem a chama da vela calma
Até que todo seu calor
Fique longe da minha alma
Já não ouve mais quem a chamava
Porque já não há mais cera e corda
Para alimentar a chama de quem tanto a amava
Conforme o tom do vento
A escuruidão ela alcança
A chama vem diminuindo
Porque sei que outros ventos
Sopram e vão fluindo
Diminuem a chama da vela calma
Até que todo seu calor
Fique longe da minha alma
Já não ouve mais quem a chamava
Porque já não há mais cera e corda
Para alimentar a chama de quem tanto a amava
Revolver de um amor
Um pssaro na mão
Não estava aqui não
Um Passaro no ar
Me revolve para amar
Ressurge a fênix
linda como a ônix
Para brilhar
Para amar
Não estava aqui não
Um Passaro no ar
Me revolve para amar
Ressurge a fênix
linda como a ônix
Para brilhar
Para amar
Certeza de um amor incerto
Ando num rio de fogo ardente
Que é a essa mulher que me inunda a mente
Sei que me queimo com o molho incandecente
Não sei coexistir com os outros que tentam atravessar
E seu doce coração buscam chegar sem pestanejar
Não sei nadar, me deixo levar, me dou ao seu mar
Vou até onde minha inconsciência alcançar
Porque sei que ninguém há de amar
Com a mesma força que sinto me tomar
Quando os seus lábios me coloco a beijar
Que é a essa mulher que me inunda a mente
Sei que me queimo com o molho incandecente
Não sei coexistir com os outros que tentam atravessar
E seu doce coração buscam chegar sem pestanejar
Não sei nadar, me deixo levar, me dou ao seu mar
Vou até onde minha inconsciência alcançar
Porque sei que ninguém há de amar
Com a mesma força que sinto me tomar
Quando os seus lábios me coloco a beijar
domingo, 6 de março de 2011
Pater Brevis
(A meu saudoso pai)
Que falta tu me fazes, ora
Porque fostes embora,
Me deixando às duras vidas a fora
A vida é breve para os bons
Eras meu herói, meu exemplo
alguém que nunca acertarei os tons
Foste embora deixando exemplo sensato
Para que eu siga saudoso e cauto
cada um dos seus firmes e limpos atos
Um dia nos encontraremos de novo
E direi tudo o que hoje reconheço e louvo
Que foste reto e que sempre serás o meu ouro
Que falta tu me fazes, ora
Porque fostes embora,
Me deixando às duras vidas a fora
A vida é breve para os bons
Eras meu herói, meu exemplo
alguém que nunca acertarei os tons
Foste embora deixando exemplo sensato
Para que eu siga saudoso e cauto
cada um dos seus firmes e limpos atos
Um dia nos encontraremos de novo
E direi tudo o que hoje reconheço e louvo
Que foste reto e que sempre serás o meu ouro
Meu anjo Incansável
(À minha amada mãe)
Doce e indispensável
clara como a luz do sol
És meu anjo incansável
Amo-te como o beija flor
ama a beleza da flor
Preciso-te como a noite
precisa do crepúsculo o açoite
Bem te quero como o samaritano
precisa do ímpio o amor mariano
Falta me fazes como quando o girassol
sente falta do abraço sincero do sol
Amo-te em toda e qualquer estação
na primavera, no outono, no verão
Doce e indispensável
clara como a luz do sol
És meu anjo incansável
Amo-te como o beija flor
ama a beleza da flor
Preciso-te como a noite
precisa do crepúsculo o açoite
Bem te quero como o samaritano
precisa do ímpio o amor mariano
Falta me fazes como quando o girassol
sente falta do abraço sincero do sol
Amo-te em toda e qualquer estação
na primavera, no outono, no verão
Às minhas mulheres de sangue
Oh, Deus! regojizo-me por lembrar
Que tenho o privilégio, o fulgor
de ter fraternos tão fieis para me guiar
Obrigado, meu Deus, por ter do meu sangue
Irmãs tão doces, prestas e retas
Para uma vida tão detesta e irriquieta
Obrigado, meu Deus, pela fraternidade
pelo amor, pela reciprocidade
que permeia nossa vida de intensidade
Obrigado, irmãs, por existirem
Peço a Deus para que sempre
Nossas vidas se encruzilhem
Que tenho o privilégio, o fulgor
de ter fraternos tão fieis para me guiar
Obrigado, meu Deus, por ter do meu sangue
Irmãs tão doces, prestas e retas
Para uma vida tão detesta e irriquieta
Obrigado, meu Deus, pela fraternidade
pelo amor, pela reciprocidade
que permeia nossa vida de intensidade
Obrigado, irmãs, por existirem
Peço a Deus para que sempre
Nossas vidas se encruzilhem
Minha musa no céu com diamantes
Ela reluz no céu de estrelas brilhantes
Como um oceano de diamantes
Que inunda minha mente em instantes
Olho pro céu e vejo seu sorriso
Miro a lua e ela me beija
na minha jugular afunda teu calor inciso
Minha musa voa no céu infinito
Junto aos diamentes do céu o pico
Viaja longe, como se não houvesse atrito
É intensa, forte e valiosa como os diamantes
Ela é linda, brilhante, celeste infante
que derreteu o gélido coração desse amante
Como um oceano de diamantes
Que inunda minha mente em instantes
Olho pro céu e vejo seu sorriso
Miro a lua e ela me beija
na minha jugular afunda teu calor inciso
Minha musa voa no céu infinito
Junto aos diamentes do céu o pico
Viaja longe, como se não houvesse atrito
É intensa, forte e valiosa como os diamantes
Ela é linda, brilhante, celeste infante
que derreteu o gélido coração desse amante
Benção para Um doce coração
oh, Deus ilumina os caminhos d'ela
Fazei com que toda sombra
Se esvaia com a chama de uma vela
Fazei com que os ímpios impuros
Recuem com a luz do teu espírito
E assim permaneçam no escuro
Guia os passos da minha criança
Que vaga na minha lembrança
Que sua alma se encha de esperança
Eu ti confio, Em ti ela confia a benção
A luz, o conforto, Para que seu doce coração
Não mergulhe nunca mais na aflição
Fazei com que toda sombra
Se esvaia com a chama de uma vela
Fazei com que os ímpios impuros
Recuem com a luz do teu espírito
E assim permaneçam no escuro
Guia os passos da minha criança
Que vaga na minha lembrança
Que sua alma se encha de esperança
Eu ti confio, Em ti ela confia a benção
A luz, o conforto, Para que seu doce coração
Não mergulhe nunca mais na aflição
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